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Capítulo 5

Num piscar de olhos, Durval deu um forte passo, estilhaçando o ladrilho sob seus pés. Como um raio, lançou-se para frente e agarrou o menino no ar. Com uma suave pressão dos dedos dos pés no capô do carro, impulsionou seu corpo para trás por vários metros antes de aterrissar suavemente.

Tudo isso aconteceu em questão de dois segundos.

No momento em que Durval colocou o menino no chão, exclamações de incredulidade ecoaram dos pedestres que testemunharam a cena. Uma mulher correu até eles, tomou o menino nos braços e começou a examiná-lo.

O motorista desceu do carro, lançou um olhar ao menino e, vendo que ele estava bem, dirigiu-se a Durval.

- Foi você? - Ambos falaram quase simultaneamente.

Durval deu de ombros e respondeu:

- Que coincidência, não é?

- Sinto muito, chefe. Fui eu que não prestei atenção. Você está bem? - Solange estava claramente nervosa.

Durval balançou a cabeça:

- Estou bem. - Com isso, ele foi até o menino para mais uma verificação e depois disse à mãe. - Ele está bem?

- Sim, está tudo bem. Obrigada! Eu estava apenas fazendo um pagamento na loja, e ele saiu correndo... - A mãe do menino estava visivelmente abalada, falando de forma gaguejada.

Durval sorriu e disse:

- Que bom que está tudo bem.

Nesse momento, uma multidão de curiosos já havia se reunido, pois o que tinha acabado de acontecer era verdadeiramente inacreditável para eles.

Vendo isso, Durval disse a Solange:

- Vamos sair daqui.

Solange acenou com a cabeça em concordância. Ambos entraram no carro de Solange e deixaram o local.

No carro, Solange ainda parecia tensa. Olhando pelo retrovisor, ela viu Durval fumando silenciosamente, olhando pela janela, sem dizer uma palavra. O silêncio entre eles era quase palpável.

Finalmente, Solange não resistiu e perguntou em voz baixa:

- Chefe, para onde estamos indo?

Durval pareceu voltar à realidade e ponderou:

- Encontre um lugar para eu ficar.

- Alguma preferência? - Perguntou Solange.

Durval balançou a cabeça:

- Não, qualquer lugar serve.

- O lugar da empresa serve?

- Claro que sim.

Solange assentiu e dirigiu até um condomínio de luxo próximo, parando diante de uma mansão luxuosa.

- Este é o lugar da empresa? - Durval perguntou, surpreso.

Solange confirmou com um aceno:

- Sim, é propriedade do Consórcio do Cabo.

- Vocês não têm dó de gastar dinheiro, hein?

Durval saiu do carro e observou a mansão luxuosa à sua frente, sacudindo a cabeça em incredulidade.

Todas as casas neste condomínio eram mansões independentes, claramente pertencentes à elite da sociedade. Certamente não eram nada baratas.

Os olhos de Solange brilharam por um instante, e ela simplesmente disse:

- Por favor, entre, chefe.

Durval seguiu Solange para dentro da mansão. Só a sala de estar já tinha mais de duzentos metros quadrados. A mobília e o design de interiores eram de marcas de luxo e emanavam uma aura artística.

Mesmo sendo uma pessoa comum, Durval achou tudo muito agradável aos olhos e ao espírito.

- Realmente impressionante. - Elogiou Durval.

Solange convidou Durval a se sentar no sofá e trouxe-lhe um café recém-moído.

Ele tomou um pequeno gole e, franzindo a testa, disse:

- Prefiro um chá.

- Claro, chefe.

Solange imediatamente preparou um chá para ele.

Durval olhou ao redor e perguntou:

- Por que a empresa comprou esta mansão?

Solange rapidamente explicou:

- É um investimento da nossa parte. Compramos vinte mansões no total, mas só reformamos esta.

- Ah, investimento, não entendo muito disso. Se vocês acham que é uma boa ideia, então está ótimo. - Disse Durval, tomando um gole do seu chá.

Com uma postura elegante, Solange se sentou ao lado e falou em tom baixo:

- Este lugar tem um grande potencial de valorização. Já valorizou dez por cento.

- Muito bom.

Durval assentiu.

Solange continuou:

- Esta mansão reformada é usada pela empresa para receber clientes importantes, mas eu também moro aqui de vez em quando.

Durante a conversa, Solange lançou um olhar furtivo a Durval.

Ele não parecia se importar e simplesmente concordou com um aceno de cabeça:

- Isso traz múltiplos benefícios. Muito bem.

Finalmente, Solange respirou aliviada e perguntou:

- Chefe, gostaria de comer algo? Sou uma boa cozinheira.

- Ah, tanto faz, qualquer coisa serve para mim. - Durval disse com um sorriso leve.

Solange sorriu e disse:

- Então fique à vontade enquanto preparo um macarrão para você.

Durval assentiu e Solange se dirigiu ao segundo andar.

Ao chegar em seu quarto, ela colocou a mão sobre seu coração acelerado, inquieta.

Será que estava sendo excessivamente sortuda?

Ela mal podia acreditar que teria a chance de morar com o chefe da empresa. Seria um presente do destino?

Depois de se acalmar, ela respirou fundo e abriu o guarda-roupa.

No final, optou por um camisola.

Ela não era reveladora, mas a movimentação revelava discretamente certas áreas, sugerindo uma certa provocação velada.

Depois de se olhar no espelho, Solange desceu as escadas mordendo o lábio inferior.

Ela cumprimentou Durval na sala de estar, sem demonstrar qualquer emoção, e foi para a cozinha.

A cozinha era toda de vidro e podia ser vista claramente da sala de estar.

Solange começou a lavar e cortar com elegância e eficiência os legumes.

O olhar de Durval passou pelo vidro da cozinha e varreu a figura de Solange, um sorriso aparecendo em seus lábios.

Pouco tempo depois, Solange colocou um prato de macarrão diante de Durval.

No momento em que ela se inclinou, uma grande extensão de pele branca como a neve ficou visível em seu decote.

Nesse instante, Durval repentinamente disse:

- Tem algo aqui.

Então, estendeu a mão em direção ao peito de Solange.

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