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Capítulo 0004

Sílvia olhou para eles em silêncio.

Acontecia que a coisa que Marcos ia fazer era fazer hora extra com Juliana.

Ela acalmou sua emoção e foi pegar o telefone como se nada tivesse acontecido.

Só então essas duas pessoas descobriram sua existência.

Juliana imediatamente ficou nervosa, - Sílvia, com certeza terminarei o trabalho hoje.

- Tá bem. - Respondeu Sílvia e pegou no telemóvel da mesa, - Com a ajuda do Pr. Correia, poderá acabá-lo naturalmente.

Ela estava certa, para um chefão como Marcos seria fácil acabar essas tarefas.

Só que Juliana não sabia o que pensava e seu rosto ficou um pouco pálido.

Marcos olhou para ela sem nenhuma pressão: - Por que você ainda não foi?

Sílvia levantou o celular, - Esqueci meu celular, então vou agora.

O banquete do Grupo HR estava no Restaurante J, e todos eram conhecidos.

Alguém viu Sílvia vindo sozinha e veio perguntar quando Marcos viria.

Sílvia respondeu levemente: - Ele tem uma reunião que não pode faltar à noite e virá o mais rápido possível.

Todos sabiam o que essas palavras significavam.

Porém, Marcos realmente veio.

No meio do banquete, ele conduziu Juliana pela porta.

O homem era nobre e atraente, e a menina que o seguia também era fofa e bonita, e pareciam muito apropriados.

Uma senhora rica que conversava com Sílvia olhou para trás, - Quem é a menina que está ao lado do Pr. Correia?

No momento em que Sílvia viu Juliana, sua mão que segurava a taça não pôde deixar de apertar.

Marcos também a viu e, assim que seus olhares se encontraram, ela entendeu o que ele queria dizer.

Sílvia terminou a conversa com a senhora rica, e caminhou em direção a Marcos.

- Você não disse que não pode vir? - Ela perguntou casualmente, segurando a taça de vinho.

- Trago ela para ver. - Os olhos de Marcos pousaram em Juliana ao lado dele.

Juliana sentiu-se imediatamente tímida. Tinha uma cara cândida, e era branco e magro que atraia sempre muitos homens.

Quando ela olhava para alguém, dava às pessoas uma sensação inocente.

- Sílvia, segui o Pr. Correia até aqui porque nunca participei num banquete destes.

Sílvia assentiu e por acaso alguém viu Marcos e veio falar com ele.

- Acabei de contar com a Sec. Nunes sobre o Pr. Correia, e pensei que o Pr. Correia não viria.

Marcos conversava com gentileza e Sílvia estava ao seu lado para esquentar o ambiente de vez em quando. A conversa foi realmente agradável.

Mas Juliana ao lado dela, seguindo Marcos, não conseguia dizer nenhuma palavra.

Ela levantou baixinho os olhos para olhar para Sílvia, e viu que ela estava socializando com calma com todos que vinham cumprimentá-la de maneira adequada, sem cometer erros.

Sílvia percebeu seu desconforto e ergueu a taça de vinho para sinalizar, - Vai entender naturalmente se você se socializar mais no futuro.

Juliana assentiu, - Obrigada, Sílvia.

Marcos ouviu as vozes delas e olhou novamente para Juliana: - O que?

O sorriso de Juliana ficou um pouco forçado, - Não foi nada.

Marcos disse levemente: - Se você se sentir desconfortável, eu levo-se de volta.

Os olhos de Juliana imediatamente se transformaram em luas crescentes, mas no segundo seguinte ela perguntou com nervosidade: - Está conveniente? Posso voltar sozinha.

Sílvia ficou em silêncio e observou Marcos sair com Juliana novamente.

Quando Marcos saiu, ele nem olhou para ela, apenas Juliana se despediu dela obedientemente.

Os patrões que acabavam de conversar com ela se aproximaram e perguntaram: - Sec. Nunes, quem é essa menininha? Por que o Pr. Correia trata ela como um bebê?

Esta questão era na verdade um pouco envergonhada.

A maioria das pessoas aqui sabia da relação entre Sílvia e Marcos, mas agora Marcos trouxe outra menina com ele. A julgar pela situação, ele ainda gostou muito dela.

As pessoas ao redor olharam para Sílvia com algum estranhamento.

Sílvia estava bêbada e não podia dirigir, então teve de pedir um motorista.

Já era meia noite quando chegou em casa.

Assim que abriu a porta, viu alguém sentado na sala de estar.

Sílvia tirou o salto alto e foi direto sem acender a luz, - Hoje estou muito cansada.

O cheiro frio e leve de Marcos se misturava com um pouco de doçura de morango, que cheirou particularmente óbvio na noite escura.

Era o cheiro de Juliana.

Sílvia enrijeceu, depois afastou-se, - Mandou a Sec. Simões de volta?

- Hum. - A voz de Marcos era baixa e profunda, sem muita emoção. - Ela ainda não entendia nada.

- Não entendia nada. - Sílvia disse sem muita mudança no tom, - Então quanto tempo você vai jogar dessa vez? Um mês ou três meses?

Sílvia havia seguido Marcos desde os dezoito anos, e já se passaram oito anos e ela conhecia Marcos muito bem.

Só depois que ela terminou de falar era que percebeu que estava errada.

- Ela não entende, então ensine-a mais e não faça com que ela se sinta inferior. - Marcos falou devagar, e o desamparo pôde ser ouvido em suas palavras.

O coração de Sílvia caiu repentinamente ao ouvir suas palavras.

Ela perguntou: - Marcos, você realmente gosta dela?

- Eu lhe disse, ela é muito boa. - Marcos respondeu sem hesitar e acrescentou em tom calmo: - Seria bom se apaixonar de verdade.

Sílvia ficou em silêncio por um tempo antes de lhe perguntar calmamente: - E eu?

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