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Capítulo 6

– Como eu poderia te culpar, tio Ademir? Nos últimos anos, foi graças ao seu esforço e dedicação na administração da empresa no lugar dos meus pais, que o Grupo Silva alcançou o sucesso atual. – Ela sorriu docemente, parecendo muito gentil e adorável, mas suas palavras eram carregadas de autoridade. – No entanto, agora que voltei, a partir deste momento, podem deixar todas as coisas relacionadas à empresa aos meus cuidados!

...

No quarto do hospital.

Bernardo chegou ao hospital e, ao entrar no quarto, viu o rosto pequeno e pálido de Nicole, com olhos vermelhos e inchados, que, ainda assim, não conseguiam esconder sua beleza.

Assim que ela viu Bernardo, começou a chorar:

– Bernardo, Bernardo, o médico disse que minha perna não vai melhorar, estou incapacitada, não consigo acreditar que fiquei assim!

Bernardo, vestido com um terno preto, caminhou até ela.

Com um rosto frio e belo, se postou ao lado da cama, seus olhos profundos e insondáveis mostrando profunda compaixão.

– Nicole...

– Bernardo, estou tão triste, acabou para mim!

Nicole agarrou a cintura fina de Bernardo, segurando firmemente sua camisa, com o rosto pálido encostado ao corpo dele, chorando baixinho e desesperadamente, num pranto desolado e agudo.

A mão quente dele acariciava suas costas, enquanto os olhos penetrantes de Bernardo se voltavam para o médico, que estava ao lado.

– Qual é a situação agora? – Ele questionou.

O médico, intimidado pela poderosa presença dele, parecia um pouco nervoso. Ele tossiu e disse:

– A paciente sofre de depressão grave e quebrou a perna, a situação é muito séria. – Dizendo isso, o médico olhou para a perna de Nicole, coberta por um gesso branco. – E mesmo que ela melhore, nunca mais poderá dançar.

O choro baixo de Nicole se transformou em um choro alto e histérico:

– Bernardo, sou uma dançarina, não posso parar de dançar! Por favor, peça ao médico para curar minha perna! Por favor!

O médico, em apuros, foi então solicitado por Bernardo a se retirar.

No quarto do hospital, permeado por um leve cheiro de desinfetante, subitamente, só restaram Bernardo e Nicole.

Vendo o rosto pálido dela, as sobrancelhas de Bernardo se franziram involuntariamente.

– Nicole, vou ficar ao seu lado, não chore.

Uma mão grande e gentil segurou seu rosto banhado em lágrimas, com uma voz firme oferecendo um consolo suave.

Nicole levantou a cabeça, encontrando o olhar consolador dele. No fundo dos olhos dela, estava repleto de medo e incerteza. Ela perguntou:

– Bernardo, e se eu não puder mais dançar? Meus pais não vão mais gostar de mim, ninguém mais vai. Até você vai me deixar, não vai?

Ela era a pessoa que ele havia prometido cuidar, ele fez essa promessa dez anos atrás, então, era claro que ele não a deixaria.

Bernardo enxugou suas lágrimas gentilmente, dizendo:

– Ninguém vai deixar de gostar de você, eu também não vou te deixar.

– É mesmo? – Nicole perguntou com um semblante triste. – Mas você já é casado, mesmo que eu não possa mais dançar, não posso destruir o casamento de outra pessoa.

– Não vai destruir nada, eu já me divorciei.

Bernardo, na verdade, não era muito fã de pessoas que viviam chorando. Embora Laura fosse irritante, não importava quantas vezes ele a ridicularizasse, ela sempre mantinha um sorriso, nunca derramava lágrimas, isso ele ainda apreciava.

Mas esta era a pessoa por quem ele tinha afeto, que ainda sofreu um acidente tão grave, então ele demonstrou um pouco mais de paciência, falando com ela suavemente:

– Quando sua perna melhorar, vamos nos casar...
Komen (1)
goodnovel comment avatar
Denise Vasconcelos Silva
Ah era Lavínia a 10 anos. como essa tomou o lugar? isso não é romance e tragédia, manipulação, mas convenhamos são corajosos.
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